Redes Sociais da Internet ou os Media Sociais
Afirma com energia o disparate que quiseres, e acabarás por encontrar quem acredite em ti. – Vergílio Ferreira
Este dever ser dos artigos mais perigosos que vou escrever: sobre redes sociais da internet.
As redes sociais, as da internet entenda-se, vieram trazer um novo paradigma comunicacional. Ao comum dos usuários e às empresas. Neste texto vou centrar-me na vertente comercial e tentar dar algumas luzes de como se deve estar (comportar) no Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Google Plus, Linkedin…
Antes do mais: porque deve estar nas redes sociais? Há certamente dezenas de motivos para ter pelo menos um perfil empresarial numa rede social. Mas há um que me lembro sempre: porque é lá que os seus clientes vão reclamar quando acharem que o devem fazer.
Não acredita? Olhemos para o “Caso Ensitel”…
Não escrevo nestas linhas a chave do sucesso. Se fizer a mesma pergunta a sete Gestores de Redes Sociais irá obter sete respostas distintas. Isto porque não há “a” forma de trabalhar as redes sociais. Existem diferentes formas e cada um tem que encontrar a que melhor funciona com o seu público. Mas há uma coisa que é certa: SEO e Redes Sociais são coisas distintas.
Não tente optimizar os seus conteúdos nas redes sociais (não estou a falar de blogues) a pensar nos motores de busca. Nas redes sociais seja espontâneo e use as hashtags (#) para dizer ao mundo do que está a falar.
Temo que tenha de partir do princípio que o leitor está familiarizado com a criação das contas. Bem como a colocação de fotos de perfil ou de capa, biografias, informações adicional, URLs personalizados, etc.
Concentremo-nos, assim, em “como estar nas redes sociais?”, na criação de conteúdo e a sua partilha. Este é sem dúvida o grande problema das empresas. O seu maior desafio, mas ao mesmo tempo o problema com a resolução mais fácil.
Encontrar conteúdo para alimentar diariamente as redes sociais é um trabalho complicado. Mais difícil se torna quando as políticas internas das companhias obrigam a diferentes níveis de aprovação de cada conteúdo. Perde-se muitas vezes o timing perfeito, a espontaneidade e todo o trabalho acaba por sair mais forçado e comercial. Que, fique sublinhado, não é de todo o que se pretende.
Lembre-se: as redes sociais são isso mesmo SOCIAIS. Quando conversamos com os nossos amigos falamos de nós, do que nos afecta, do que temos para oferecer… mas também ouvimos o que eles nos têm para nos contar. Comentamos as histórias deles e partilhamos até com outros amigos. É assim que se passada na vida real, é assim que socializamos. Nas redes sociais da internet passa-se o mesmo. Postamos o que queremos dizer (a nossa mensagem), mas também comentamos o que nos dizem e também partilhamos histórias de outros que achamos interessantes. E ninguém quer saber de alguém cujas publicações são todas sobre si próprio. Nem se estivermos a falar de empresas.
Devemos falar sobre o que todos estão a falar e dar a nossa opinião. Sim, mesmo a sua empresa. No Facebook pode encontrar os “Trending” do lado direito da Timeline. Fale sobre os temas que outros falam encorajando assim os seus seguidores a partilhar o seu conteúdo. Coloque a sua empresa a falar das eleições americanas, do sismo de Itália ou dos Jogos Olímpicos (Cuidado! Jogos Olímpicos é uma marca registada que tem regras de uso bem restrictas). Fale dos temas sem querer tirar proveito de marketing ou de imagem. Diga aos seus clientes onde é que a sua empresa se coloca perante as diversas problemáticas sociais. Seja inteligente na escolha das temáticas que abraça.
A funcionalidade de “Trending” no Facebook só está disponível, para já, nos Estados Unidos, Reino Unido, Canada, India e Austrália. No resto do mundo as pesquisas têm de ser feitas manualmente. É possível procurar no Facebook temas através de hashtags (usando o sinal # seguido do tema). Esta funcionalidade só pode ser realizada quando está a usar a rede social com a sua conta pessoal. Se a sua empresa exporta cortiça, convém regularmente ver o que se está a dizer sobre #cortiça, por exemplo. Siga as tendências do mercado e veja o que está a acontecer nos outros países.
Não sou adepto de planos de posts. Não acredito na sua eficácia na maioria das vezes. A criação de conteúdo para redes sociais envolve posts longos, procurar (ou criar) boas imagens ou fazer vídeos. Para datas e eventos específicos o efeito pode ser bem divertido e envolver (engajar) o seu público de uma forma extraordinária.
Para o dia-a-dia prefiro a partilha de temas que sejam tendência. Ou seja, procurar conteúdo bom de outras pessoas, resumi-lo de um ponto de vista pessoal (ou profissional) e partilhá-lo. Todos ficam a ganhar. Você precisa de conteúdo para partilhar, os blogues e websites precisam de tráfego; e os seus seguidores precisam de alguém que lhes dê bons conteúdos já filtrados para reduzir a quantidade de informação que vêem todos os dias.
Esta é a minha visão. Mas a maioria das pessoas que conheço precisam de um plano táctico, lógico e que os ajude a perceber o que estão a partilhar e a atingir os seus objectivos nas redes sociais. Cada um deve trabalhar da forma mais eficaz possível.
Crie os seus conteúdos e partilhe às horas que os seus seguidores mais usam o Facebook. Use a ferramenta de agendamento do Facebook se for necessário. Não use ferramentas externas, porque geralmente são penalizadas pela rede social.
Pode também usar um calendário com os principais eventos onde crê que a sua empresa pode marcar a diferença. Prepare o conteúdo com antecedência. Esta prática ajuda a que todos os que trabalham consigo possam sugerir outros eventos ou mudanças ao conteúdo produzido de modo a automatiza-lo.
Ter likes e gostos é muito bom. Mas a partilha do nosso conteúdo tem que ser sempre o objectivo final. Quando publicar algo pergunte a si mesmo primeiro: “As pessoas vão partilhar isto”?
Publique coisas de que as pessoas gostem e não material que você gosta. E não tenha medo de partilhar coisas das pessoas que segue. Se não gosta do conteúdo que eles publicam é um erro estar a segui-los.
Esta ideia é sobretudo boa para o Twitter. A famosa rede social do passarinho azul é uma das mais importantes para a sua empresa. Mas, provavelmente, você ainda não reparou. Muito possivelmente porque não entende o processo de socialização em 140 caracteres.
Não é assim tão difícil. Aqui também a ideia de sociabilizar ganha enorme força. É obrigatório. Não há outra forma de estar no Twitter.
Siga os Trends que estão disponíveis na página do Twitter e que mudam de país para país. Os Trends são determinados diariamente por um algoritmo e apresentados baseados em quem você segue e a sua localização.
Fale sobre o que a sua comunidade está a falar. Mostre interesse no que eles consideram importante. Partilhe (retuite) bons conteúdos de quem você segue.
O Instagram é a rede do momento. Com o lançamento do “Instagram Stories” a rede social que foi comprada pelo Facebook colocou-se na liderança de um jogo que estava a ser ganho pelo Snapchat. Publique boas fotos sobre temas que lhe interessam a si. Talvez esta seja actualmente a rede social mais focada em cada utilizador e que permite a cada conta mostrar aos seguidores a sua visão do mundo.
O Instagram Stories permite por exemplo seguir um determinado evento ao minuto sem enchr o mural de fotografias. Aí ficaram só as melhores das melhores. Faça um uso inteligente, crie histórias, leve os utilizadores a querer ver mais informação no seu site…
Google Plus
Dentro das redes sociais do momento talvez o Google Plus seja a menos conhecida e a que é metida de parte mais cedo. Grande erro! Se tem um negócio vai querer estar no Google Plus. Vai querer colocar aqui todas as informações sobre a sua empresa. Essa informação será usada pelo Google para ser apresentada quando alguém procurar pela sua empresa no motor de busca.
Para o ajudar a encontrar bom material no Google+ a rede social mostra-lhe posts recomendados e que são tendência no momento. O Google vai mostrar-lhe material que considera que você vá gostar.
Não se preocupe em partilhar algo que já foi partilhado “por toda a gente”. A milhões de pessoas e milhões de histórias e alguém irá ver o material que partilhar pela primeira vez.
Para a procura de material pode recorrer ainda ao Google Tends, uma ferramenta online que o Google disponibiliza para que saiba que termos são mais procurados no motor de busca. O que é que as pessoas de todo o mundo, ou do seu país, estão a procurar mais. Quais os vídeos mais vistos no YouTube e que notícias estão em destaque.
Existem várias maneiras de encontrar bom conteúdo na internet. Estes são alguns exemplos simples e eficazes. E são, também, os que mais uso diariamente.
E por fim…
Também estão disponíveis dezenas de outras redes sociais. Lembre-se que diferentes pessoas usam diferentes redes sociais com diferentes propósitos.Pense que redes sociais são usadas pelos seus clientes, fornecedores e target. Essas serão as redes sociais onde deve marcar presença. Seguramente no Linkedin e possivelmente no Pinterest.
Na altura de escolhes quais as redes sociais que vai querer trabalhar tenha em atenção a aspectos como a idade da audiência que vai atingir, que tipo de interacção vai necessitar, se terá uma comunicação pró-activa, reactiva ou ambas, o potencial de conversão e o número de publicações diárias.
Há diferenças entre uma ferramenta e um caminho. As redes sociais querem-se caminhos e não ferramentas. Há, porém, algumas excepções, como o Facebook.
Mas sobre isso falarei outro dia… até lá poderá ler mais sobre as melhores conferências de SEO e marketing digital.

Actualmente, SEO Manager na TripAdvisor. Comunicação e SEO são parte de mim. Em agência ou in-house, já trabalhei também com projectos do Spotify, Telepizza, Amazon, Hostelbookers, Hostelworld, 360imprimir ou EF Education First. Fundei a SEOPortugal para ajudar a divulgar o SEO e partilhar conhecimento acumulado de milhares de testes de SEO.