A taxa de rejeição ou o bounce rate é uma métrica super importante. Reduzir o bounce rate ajuda a tornar os sites mais relevantes, por isso é que a taxa de rejeição serve como um forte indicador de engagement com o utilizador. Uma elevada taxa de rejeição significa que o utilizador deixa uma página sem interagir com ela, ou seja, a página não responde às intenções do visitante.
No entanto, como qualquer outra coisa em SEO ou marketing digital, melhorar a taxa de rejeição não é uma missão impossível.
O que é bounce rate?
Antes de explicar como melhorar esta métrica é preciso entender o que é o bounce rate. O bounce rate, ou taxa de rejeição, é uma métrica percentual de quantos visitantes entraram no seu site ou blog por uma página e saíram dessa mesma página sem continuar a leitura ou ir para outras páginas.
Já estou a ouvir alguém a gritar: “onde posso ver a taxa de rejeição do meu site?”. Fácil. Se o seu site já está registado no Google Analytics, essa informação irá aparecer no painel de visitas, acessos, etc.
A taxa de rejeição é definida pelo Google. O motor de busca sabe a diferença entre uma página desenhada para responder a perguntas (e onde o utilizador não quererá visitar outras páginas) e páginas de conversão (onde o webmaster quer que o utilizador siga o caminho de conversão).
Por outras palavras: se uma página de definição de uma palavra tiver um bounce rate de 100%, essa métrica não é negativa e não irá penalizar o seu ranking. Mas se uma página de produto tiver um bounce rate de 85%, é provável que esse número possa estar a penalizar o seu ranking orgânico.
Como melhorar o bounce rate do meu site
O primeiro passo para melhorar o bounce rate do site é entender porque é que o utilizador está a sair daquela página sem fazer qualquer actividade.
Está a página com problemas técnicos? Com imagens quebradas? Com problemas de design? Ou será o conteúdo que não responde às perguntas do utilizador? Será que é conteúdo duplicado? Estas são algumas das perguntas que devemos fazer para entender a estratégia a seguir para reduzir o bounce rate.
As pessoas clicam em links para páginas da web por um motivo, mesmo que esse motivo possa ser incrivelmente trivial. Eles podem estar apenas a querer ver o resto daquela foto de clickbait intrigante ou entender se “o que ele fez a seguir” foi realmente inacreditável.
A questão é que há sempre uma intenção do utilizador, não importa quão grande ou pequena. Antes de começar a investir tempo abordando alguns dos pontos abaixo, deve ter uma boa ideia da intenção do utilizador. Essa é a única forma de realmente proporcionar ao visitante o que ele realmente quer.
É imperativo entender quem você está tentando atrair (buyer personas) e o que eles estão tentando alcançar visitando a sua página da web / website. Essa informação não é importante apenas para ajudar a reduzir sua taxa de rejeição, mas também é absolutamente essencial para a produção de campanhas de marketing e designs de websites que atinjam seus objetivos – ajudando seus visitantes a alcançar os deles.
Mobile
A taxa de rejeição é igual entre utilizadores que visitam o site em desktop e mobile? Se você ainda precisa abordar problemas relacionados a utilizadores mobile, então o foco deverá estar aí. Os smartphones e as visitas mobile não é mais algo do futuro. De facto, muitas das páginas da web já recebem mais tráfego mobile do que desktop, neste momento – se ainda não está preparado para o mobile – já está a perder dinheiro.
O Google já começou a lançar o “Mobile First Indexing” e a internet já está quase toda preparada para receber cada vez mais visitantes mobile.
Se o seu site não for responsivo para smartphones e tablets ou se você tiver problemas de formatação em dispositivos móveis, pare de ler e vá já tratar desses temas.
Leitura
Você pode ter o melhor conteúdo do mundo, mas se alguém sair da página por ser muito difícil de ler, não valerá de muito, pois não? Mudanças simples, como aumentar o tamanho do texto (especialmente para dispositivos móveis) ou o espaçamento entre linhas, podem ter um impacto real.
Na formatação do conteúdo, evite parágrafos com mais de 7 linhas, isso torna o texto cansativo e maçante de ler. Tente quebrar isso, usando parágrafos de 3 a 4 linhas, isso tornará a leitura mais simplificada.
A utilização de listas e subtítulos também ajuda o leitor a ler o material até ao fim, pois textos corridos acabam por se tornar pouco interessantes.
As imagens irão ajudar a dar um “descanso” na leitura e fazer com que o leitor ganhe um fôlego para continuar até ao final.
Uso de linkagem interna
Uma das melhores formas de fazer com que o utilizador siga navegando por outras páginas é fazer linkagem interna no meio do conteúdo, mostrando assuntos relacionados com o que você está abordando. Isso funciona até como uma forma de complemento ao assunto tratado. (Parece óbvio, não parece?)
Uma dica para este ponto é que sempre que você tenha que colocar um link (interno ou externo), faça a configuração de um link com abertura da página para ser aberta em uma nova aba, com isso, mantem o leitor no seu site, enquanto navega em outro local.
Incentivar o envolvimento
O Google afirma que algumas páginas provavelmente terão uma taxa de rejeição mais alta do que outras devido à intenção do utilizador. Embora isso seja certamente verdade, é sempre uma boa ideia incentivar mais envolvimento com o seu website. Por exemplo, uma postagem de blog pode qualificar-se para uma taxa de rejeição mais alta, mas se investir em marketing de conteúdo, desejará que a página da Web direccione os utilizadores por meio de um funil de entrada definido.
Garantir que haja clareza nas chamadas para o conteúdo relevante, links internos e uma estrutura de menu que não exija um decodificador, ajudará a contribuir para uma taxa de rejeição mais positiva. Dessa forma, resolver o problema inicial da taxa de rejeição pode melhorar a sua taxa de conversão.
Anúncios intrusivos devem ser banidos
Quantos de nós já chegámos a uma página da Web e imediatamente tivemos que navegar num campo minado de pop-ups e anúncios? Como nos sentimos em relação a isso?
Rand Fishkin (que saiu recentemente da Moz) apresentou uma Whiteboard Friday sobre o assunto (vídeo em baixo). O Google é muito inteligente, por isso, se você não puder deixar os pop-ups irritantes porque estão gerando conversões, verifique se o utilizador pode rapidamente (muito rapidamente) voltar ao conteúdo que visitou a página para ler, visualizar ou ouvir.
Velocidade de carregamento
Quão rápido é o seu site. A velocidade de carregamento (ou page speed) tornou-se ainda mais importante à medida que o uso de dispositivos móveis disparou. Vivemos numa sociedade impaciente, expectante de acesso instantâneo. Portanto, é necessário que haja poucas explicações de que, se o seu site for dolorosamente lento para ser carregado, você aumentará o risco de que os utilizadores saltem fora. Pode haver vários factores afectando a velocidade de carregamento, mas problemas comuns são hospedagem compartilhada de baixo custo e imagens de alta resolução.
Quanto a isso sugerimos a leitura de “SEO Mobile, Mobile Speed, AMP e PWA: Google muda o jogo em 2018” e de “Como deixar um site em WordPress mais rápido”.
Design / User Experience
Os visitantes estão agora mais exigentes do que nunca em relação… a tudo. Nós não estamos num mundo em que ter um site de negócios é um luxo – é uma necessidade. O Design do site e a experiência do utilizador é o diferencial. Num cenário em que os concorrentes do sector provavelmente aumentarão os investimentos em digital, a forma como a sua marca (e seu conteúdo) é apresentada aos clientes em potência é primordial.
Às vezes há um equilíbrio entre design e usabilidade, mas não subestime o impacto que um site mal projectado pode ter na sua taxa de rejeição e no desempenho geral do site.
Para saber como avançar passo por passo na sua análise, leia o nosso artigo de como fazer uma auditoria de SEO.

Actualmente, SEO Manager na TripAdvisor. Comunicação e SEO são parte de mim. Em agência ou in-house, já trabalhei também com projectos do Spotify, Telepizza, Amazon, Hostelbookers, Hostelworld, 360imprimir ou EF Education First. Fundei a SEOPortugal para ajudar a divulgar o SEO e partilhar conhecimento acumulado de milhares de testes de SEO.