2018 será o ano do Mobile, depois de 2015 ter sido o pontapé de saída na nova estratégia da Google. Prepare-se para uma mudança de estratégia orgânica apoiada em SEO Mobile, Mobile Speed, AMP e PWA.
A partir de Julho a velocidade de carregamento dos sites serão tidos em conta como factor de ranqueamento orgânico. Apesar de o Google já usar a velocidade da página como um factor de ranqueamento, em pesquisas em desktop, a velocidade da página em mobile não era um factor de ranqueamento. Mas o Google declarou este ano que pretendem mudar isso até Julho de 2018.
Para já, o Google parece assegurar que somente sites que negligenciaram por completo a versão mobile serão prejudicados. Mas a tendência será para ir fechado o cerco.
“Mobile-First Index – Google avança até Abril”
No geral, esta é uma mudança bem-vinda, já que 60% de todos os utilizadores da web utilizam smartphone ou tablet, portanto, isso deve encorajar os webmaster a olhar com mais atenção para a velocidades de carregamento das páginas.
Os sinais estão todos aí, ainda que uns mais fortes que outros. Mas, quando o Google se dá ao trabalho de criar uma tool para testar a velocidade mobile e mostrar aos webmaster quanto dinheiro estão a perder por não investir em mobile, sabemos que a mudança está para breve.
Mobile Scorecard & Impact Calculator
A mais recente novidade é a ferramenta “Mobile Scorecard & Impact Calculator”, que a multinacional lançou para ilustrar a importância da velocidade das páginas mobile. Uma das ferramentas mostra a performance de um site em relação à concorrência; a outra visa mostrar o impacto que a velocidade móvel pode ter nos resultados financeiros.
Ambas as ferramentas visam dar aos profissionais de marketing claras marcas visuais para os ajudar a obter o “buy-in” para investimentos na velocidade do site mobile.
O Mobile Scorecard usa dados do Relatório de Experiência do Utilizador do Chrome para comparar a velocidade de vários sites nos smartphones. Esse é o mesmo banco de dados dos utilizadores do Google Chrome que o Google começou a usar na ferramenta PageSpeed Insights em Janeiro.
Como orientação, o Google recomenda que um site seja carregado em cinco segundos, em dispositivos móveis de alcance médio com conexões 3G, e em três segundos em conexões 4G.
Para colocar os dados do Mobile Scorecard em perspectiva monetária, a nova Calculadora de Impacto é projectada para mostrar apenas as perdas de receita de conversão que um site está a perder por causa da sua velocidade de carregamento.
A Calculadora baseia-se em dados do Relatório de Desempenho de Compras Online de Abril de 2017, que mostra que cada segundo de atraso no carregamneto de página num site de Retail pode prejudicar as conversões até 20% – não só em SEO, mas também em PPC ou Display.
Progressive Web Apps (PWA)
Mas essa foi só mais uma jogada do Google. Em menos de uma semana, a gigante americada teve outra jogada ao começar a lançar mais informação sobre Progressive Web Apps (PWA) – uma tecnologia apoiada pelo Google que pretende aumentar o tráfego e as conversões em dispositivos móveis.
Nesta nova informação lançada pela Google, um atraso de 100 milésimos de segundo pode custar a um site 7% da sua taxa de conversão. O Google reitera, frequentemente, que quando se trata de capturar a atenção do consumidor, cada segundo conta.
A discussão sobre a adoção de PWAs ainda está na sua infância entre alguns sectores e marcas, talvez porque a tecnologia ainda é relativamente jovem e os problemas de capacidade PWA persistem. Assim como com AMP.
Por exemplo, no que respeita a PWA, apenas agora estão a ser feitos progressos com a Apple para a adaptação do navegador web para lidar com os principais recursos do PWA. Obviamente, à medida que essas barreiras começam a desaparecer, a relutância dos desenvolvedores da web também diminuirá – preparando o caminho para que os PWAs se tornem uma plataforma chave, provavelmente, já em 2018.
No contexto do ecossistema mobile, um aplicativo da “Web progressiva” é descrito como um site que oferece a experiência quase idêntica de um aplicativo nativo, mas dentro de um navegador padrão. A vantagem significativa dos PWAs em relação aos aplicativos móveis nativos é que PWA não requer tecnologias diferentes ou uma compreensão aprofundada da adaptação do código para serem executados nos smartphones iOS (Apple) ou Android.
O falhanço chamado AMP
Há no mercado alguns SEOs que gritam grandes vivas ao AMP – e para quem o título desta secção é uma ofensa. Eu sei. Mas o AMP foi um falhanço que a Google espera transformar em princípe.
O AMP como tecnologia massiva foi um falhanço. Sobretudo, porque estava somente alojada no Google e não era padronizada para todos os browsers. Os grandes vencedores foram os nichos editoriais, esses sim, com reais vontades de sorrir. Numa forma bastante simplista, AMP trouxe mais visitas aos sites (e para quem tem visitas como métrica primária, AMP foi extraordinário), mas as conversões foram um desastre e as taxas de bounce rate um pecado mortal.
Ao longo do tempo foram aparecendo algumas soluções e já é possível hoje fazer algumas coisas bem divertidas para minimizar os impactos negativos de AMP nas conversões.
Se tem um e-commerce, não salte para AMP só porque ouviu alguém dizer que teve mais 300% de visitas. Pergunte-lhe primeiro pelas conversões. E depois tente perceber se a estratégia usada pode ser replicada no seu site.
O Google recenheceu todos estes problemas. PWA surge para complementar o que AMP não conseguiu. E agora, finalmente, o Google – que também apoia o Projecto AMP – está a tentar abrir AMP a todos, tornando a tecnologia padronizada para todos os browsers.

Actualmente, SEO Manager na TripAdvisor. Comunicação e SEO são parte de mim. Em agência ou in-house, já trabalhei também com projectos do Spotify, Telepizza, Amazon, Hostelbookers, Hostelworld, 360imprimir ou EF Education First. Fundei a SEOPortugal para ajudar a divulgar o SEO e partilhar conhecimento acumulado de milhares de testes de SEO.
Excelente Artigo. Parabéns!