Twitter: “A” Rede Social – Onde entra aqui o SEO?

A primeira questão é: o que é o Twitter? Se seguirmos a metáfora do bar, a rede social do pássaro azul é o local onde todos estão a falar com todos, geralmente dividido por mesas (temas/hashtag). Aqui as marcas têm contas como os demais utilizadores o que permite uma interacção recíproca. Isso é o que difere o Twitter do Facebook. Aqui as marcas têm (ou potencialmente podem ter) uma personalidade mais vincada.

A segunda questão será: o que é que o Twitter tem que ver com SEO? Mas a esta questão já lá iremos.

Permita-me ressalvar que, caso seja uma empresa que trabalha com diferentes mercados, quando pensar na personalidade da sua empresa lembre-se que o conceito de humor, irreverente ou, por exemplo, inovador diferem de país para país. Trabalhei com uma empresa que se dizia muito “open mind”, divertida e próxima dos jovens, mas para mais de 50% dos seus seguidores nas redes sociais a imagem que passava era de uma marca extremamente aborrecida.

Portanto, o primeiro ponto é definir a personalidade da sua empresa a comunicar no Twitter com essa mesma personalidade. Mantenha essa linha sempre adaptando o seu discurso aos seus seguidores.

Muitas pessoas com quem trabalhei perguntam-me: “Mas, se o Facebook tem mais utilizadores, porque devemos criar uma conta no Twitter”. Bem, primeiro que tudo porque o Facebook não permite uma comunicação tão directa com os seus seguidores, depois porque as taxas de engajamento são menores – a não ser que invista (promoted post ou Facebook Ads). E porque uma parte substancial dos seus clientes estão no Twitter. Tenha sempre na memória: “Diferentes pessoas usam diferentes redes sociais com diferentes propósitos”.

Com isso em mente, dê aos seus seguidores diferentes conteúdos nas diferentes redes sociais que gere. E não tenha medo de “conversar” com outras marcas no Twitter. Elas também têm personalidade.

O Facebook é cada vez mais um excelente apoio ao cliente. O Twitter é a vertente “amiga” do seu seguidor/cliente. Ou seja, Facebook será mais “venda” e o Twitter mais “marca”. Ainda que a minha experiência me diga que as taxas de conversão (percentagem de pessoas que acabam por adquirir o produto ou serviço) são idênticas no Twitter e no Facebook. A grande diferença é que geralmente somos obrigados a investir mais dinheiro no primeiro. O Twitter (pode conferir nas suas visitas!) está a dar cada vez mais tráfego ao seu site.

E isto responde à pergunta: como o Twitter influencia o meu SEO. Quando alguém houve falar da sua empresa, dos seus produtos ou serviços terá curiosidade em procurar. Isto leva a uma maior procura da sua marca – um dos principais factores de ranqueamento.

Outra vantagem do Twitter é a facilidade de seguir tudo o que lhe interessa. O TweetDeck é a ferramenta ideal para se trabalhar o Twitter. Crie colunas onde posssa ver tudo o que a sua concorrência faz, tudo o que é dito sobre a sua empresa, tudo o que é dito sobre o seu produto… No fundo tenha a real noção do que se passa à sua volta e aja rápido. Responda, questione, partilhe… tenha personalidade 24 horas por dia e não só das 9 às 18h. A utilização das redes sociais aumenta no período nocturno. Aproveite e tire vantagem disso.

Use o Tweetdeck e agende publicações para o horário nocturno. Diga com outras palavras o que disse de manhã e poupe tempo e recursos. Duplique as possibilidades de verem a sua mensagem e de alguém interactuar com a sua marca.

O TweetDeck apresenta também a funcionalidade de criar equipas e delegar autorizações – seguindo o exemplo do Facebook.

Os “Ads” do Twitter também podem ser uma excelente ferramenta. Mas não os use como no Facebook. Aqui as mensagens devem ser o menos comerciais possíveis, mesmo em tweets patrocinados.

Num comentário ao texto original, a Joana Rita Sousa falou do Hootsuite “como alternativa”. Sublinho esta parte: “como alternativa”. Para quem não está familiarizado, o Hootsuite é um agregador/gestor de redes sociais que permite a publicação, gestão e monitorização.

No fundo, muito igual ao Tweetdeck – que na sua génesis, antes de ser comprado pelo Twitter, permitia agregar outras redes sociais que não a do passarinho azul – mas mais “poderoso”. Imagine um cockpit de um avião e todos aqueles botões. O Tweetdeck e o Hootsuite (que até tem uma versão Pro, paga) irão levá-lo ao mesmo sítio, mas, enquanto “piloto”, dependendo da ferramenta que usa, poderá ter muito mais ferramentas à sua disposição. Tudo depende se tem “mãozinhas” para tanto botão e se está disposto a, no limite, investir para obter todas as vantagens da “ferramenta do mocho”.

Se costuma gerir campanhas online, o Hootsuite é definitivamente um aliado. Ainda que eu seja da velha escola e um apaixonado pelo Tweetdeck. (Se pesquisar mais sobre o tema verá que esta questão, mais que profissional, é quase passional!)

Porém, nada o impede de usar as duas ferramentas ao mesmo tempo. Sobre o tema aconselho a leitura deste “já velho” artigo do GrassHopper: Buffer vs TweetDeck vs Hootsuite.

Uma nota final: há uma teoria que o Facebook não gosta muito de agregadores e os conteúdos, em certos casos, poderão ser penalizados pelo algoritmo da “rede do lado”. Pessoalmente já testei e os meus resultados desmontam essa ideia. Mais, nas minhas conclusões, ter o feed do Twitter associado ao Facebook dava mais visibilidade ao conteúdo (mas menos engajamento!). Sobre este tópico deixo este blogpost do Buffer (parte interessada): “3rd Party Facebook Publishing Tools Aren’t Penalized: Debunking An Age Old Social Media Myth“.

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